domingo, fevereiro 17, 2008

Verdade ou consequência?


Por uma vez que seja, alguns dos nossos conterrâneos apareceram na televisão sem ser por causa de um incêndio. O maior partido da oposição assentou arraiais no bastião da não oposição e garantiu que se deixar de ser oposição e passar a ser governo, não fechará nenhum serviço público.



Esta proposta deixa algumas dúvidas ao MSM. Primeiro, as eleições são só em 2009 (em princípio) e desconfiamos que se isto continua desta maneira, quando lá chegarmos já não existirão serviços para fechar.



Depois, ainda que haja eleições e o maior partido da oposição passe a ser governo, se quiser cumprir a sua promessa terá algumas dificuldades, podendo acabar por descobrir que fechar pode trazer benefícios - e nessa altura, se já for governo, não precisará dos nossos votos para decidir - e poderá fechar o que bem entender. O principal obstáculo que os candidatos a 2009 têm de enfrentar, e que as pessoas que ontem os aplaudiram (e os que não o fizeram, também) têm de encarar, é a verdade. A verdade, como se diz muitas vezes, tem muita faces. Na nossa terra, chama-se envelhecimento, desertificação, desemprego, emigração. A solução que a nossa terra tem de procurar não é evitar o fecho de serviços públicos, mas sim a abertura de novas opções. Temos de nos convencer que o nosso destino não está nas mãos do ministério da justiça (fecho do tribunal) do ministério da saúde (centros de saúde) do ministério da solidariedade (segurança social) ou do ministério da administração interna (GNR). O nosso destino não está nas mãos dos poderes públicos, mas sim na iniciativa privada. O nosso futuro depende dos nossos eleitos e dos nossos eleitores, e não de um conjunto de senhores que aparecem na televisão a discursar. Porque as televisões acendem os holofotes para ouvir o líder da oposição, mas não dão voz aos cidadãos.



O maior medo dos autarcas da nossa região profunda é a anunciada fusão dos concelhos. Talvez seja por temer a conjugação de esforços que tal fusão iria implicar, com o desaparecimento dos privilégios monárquicos. Porém, como todos percebemos que o estado feudal, fede em demasia, talvez esse medo seja a raiz para o nosso desenvolvimento...



O MSM oferece uma vez mais o seu megafone. BOTEM FALADURA QUE NÓS NÃO DESLIGAMOS OS HOLOFOTES!