A tradição ainda é o que era

Mais um Natal se passou. Enquanto uns discutiam a toponímia outros arrancavam as placas. A rua é minha e não tua! Esforço-me a explicar que a rua é de todos, mas afirmo que a minha é só minha. Se sou eu que lá moro porque não se há-de simplesmente chamar de minha rua? Desisto e como bom Maçanense reencaminho-me para a rua do costume pois vai começar mais um convívio de Natal.

A tradição ainda é o que era e o dia 25 motiva meio mundo e mais algum para a festa, a consoada serve para rever família e o Natal para rever amigos, naquilo que já se tornou um evento para o qual ninguém precisa de ser lembrado nem convidado. Grita-se Maçãs de D.ª Maria, aclama-se a Pátria! Apesar de todas as contrariedades da mais que famosa crise não há nenhuma que afecte a união da malta. Roem-se uns e moem-se outros, os cães ladram e a caravana passa. Em festa!!
Agora que o pânico já foi espalhado resta aguardar pela próxima festa. Não vá a cerveja acabar levamos o nosso próprio stock, aqui ninguém vem para fazer sala. Informamos os conterrâneos que as janeiras este ano cantam-se com o amanhecer do novo ano e como oferendas agradece-se um sorriso e um copo.

Para a nossa gente desejo desde já um óptimo ano!

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