Ashes to ashes

Ah pois é, camafeus. Está aí mais uma edição do Entrudo, a época carnavadoira em que as pessoas se mascaralham ou simplesmente aproveitam a desculpa para se transdespirem e fazem apelo ao seu lado fêmeo. Este ano gostava de me mascarar de anjo da morte e dar o eterno descanso ao cemitério velho, que já está podre de morto e mesmo assim não tem paz. E toda a gente sabe que o que faz falta àquele amontoado de pedras lascadas são umas pás e umas foices roçadoiras de última geração (TDI, de preferência).

Espero que o IPPAR e os Al-Bariados se mascarem de instituições competentes e com palavra e aproveitem a quarta-feira de cinzas para queimar as silvas que adornam aquele espaço e tentem dar alguma dignidade àquela coisa a que chamam monumento. A única coisa monumental que espero encontrar este fim-de-semana é uma cabra do mato com 2.0 de cilindrada, movida a cevada ou a tinto. E não vale mascararem-se de chícharos porque os verdadeiros fedem e topam-se à légua. Siga o samba, galera!