Algumas considerações em torno de uma empa
Uma vez que estamos na semana da empa não vejo porque não abordar as imensas utilizações que se podem dar a uma empa. Primeiro que tudo a empa está ligada à história de Maçãs como a industria do alterne às meninas brasileiras, já há largos anos que na agora Rua do Birra os nossos ancestrais aprofundavam uma arte que se tornaria importantíssima enquanto forma de luta contra certos e determinados interesses instalados. É verdade que a violência nem sempre resolve tudo mas uma empa nos apêndices da cabeça de muitos dos que por cá se passeiam resolveria na certa muitos dos males da humanidade. Vejamos então algumas das utilizações que se podem dar a uma empa.
Começando no feijão passando pelo precioso apoio fornecido quando os sentidos se encontram mais entorpecidos pelo álcool ao longo do tempo os Maçanenses tem-se socorrido de expressões como: “Qu’era uma empa!” e “Tás caminho c’uma empa no lombo!” para auxiliar em alturas que desejam demonstrar o verdadeiro afecto que se apraz pela pessoa a quem se destina tal piropo. Nós vamos mais longe. O Armazém das Cinco Vilas está seguro por empas, uma empa no encéfalo daqueles que só agora se lembraram que o mesmo podia dar lucro e berram contra a investida do General Tito também era bem endereçada, o gajo que se lembra de continuar a publicitar a praia fluvial da Ribeira do Picareta também já levava com ela, por mais empas que metam no cartaz do ramal de Maçãs a assombração da D. Maria Paes Ribeiro continuará a verga-lo mostrando o quanto gostamos de o ver lá. Há também casos em que por mais empas que se apresentem não há nada a fazer, embora sejam excepções, como no caso do “Perna Curta”, por mais que tentem o homem jamais conseguirá estacionar a “ramona” sem ser a estorvar, o Albino continuará a usar as calças de cowboy e no Curral do Burro jamais voltará a haver leitão. O mundo seria também um local melhor se os mujaedin em vez de trazerem bombas à cintura andassem com empas.
Como é facilmente observável a empa é o pilar do mundo. Sob o seu desígnio muitas foram as conquistas efectuadas, civilizações foram construídas e destruídas apenas escapando à sua batuta os revivalistas do D. Salazar. O MSM como força de futuro aplica verdadeiras empadas, algumas no próprio português, por isso se andarem por ai lembrem-se que nós também, o Armazém também se desfaz em três dias se a habitação social mostrar ser um problema em vez de uma solução. O General que se lembre também que estamo-nos nas tintas para candeeiros rústicos e lâmpadas amarelas, queremos é trabalho para poder (ar)rebentar o ordenado em minis. Sim, porque cada um investe o seu capital onde quer e bem entende. Culpem o 25 de Abril.
