quarta-feira, julho 11, 2007

Fenómenos paranormais



Viva.

Na nossa terra, como em qualquer localidade do interior, existe ainda uma crença muito forte em certos fenómenos do paranormal. Existem, por exemplo, paranormais que dizem que o IC3 não faz falta, que a culpa de o IC3 não ter sido feito é da Câmara, que o que faz falta são placas toponímicas, etc, etc...

Outros, cientes da importância que as acessibilidades têm, adoptam uma visão marco-regional (e não micro-aldeolítica), defendendo que a construção do famigerado Itinerário Complementar é um esteio no plano de desenvolvimento da região.

É certo que o dinheiro não circula no asfalto, e que não basta construir estradas para trazer o desenvolvimento e o bem-estar. Mas também é certo que é necessária uma via que possa aproximar Maçãs dos concelhos vizinhos, de Tomar, Coimbra, Figueira da Foz e Castelo Branco, tornando-a num eixo de desenvolvimento local e regional.

Só que, ao contrário do que alguns paranormais possam pensar, a competência para a construção de um IC não é da Junta, nem sequer da Câmara, nem mesmo do Governador Civil ou do primeiro-ministro. Quem tem de ordenar a sua construção é o secretário de estado das obras públicas. E até que o excelentíssimo dê essa ordem, Maçãs e a nossa zona vão minguando, na expectativa de que a ordem seja finalmente dada.

Até lá, Maçãs e esta zona vão esperando, acreditando e desperando, perdendo a sua fé nos homens que, no Terreiro do Paço, esquecem que aqui também vive gente, gente que tem direito a viver e a escolher onde vive. É por isso que, perdida a fé nos homens, muitos se viram para o sobrenatural, em espera de um passo de magia que nos dê o direito a viver na terra onde nascemos e onde queremos fazer a nossa vida.

Será necessário recorrer às forças do oculto? Ou será que o IC3 será, em breve, uma realidade?

(Não percam os próximos episódios porque nós também não).