quinta-feira, agosto 03, 2006

Saraivadas de saber!

O programa foi interessante e sem duvida esclarecedor das capacidades de divagação do autor porém houve rigor histórico sem comprometer em demasia certas lendas que povoam o imaginário de muitos admiradores de pseudo assassinos de Inês de Castro.
Tenho de ser parcial e reconhecer que realmente a historia da nossa nação é muito grande daí que tenha ocupado grande parte do programa, o que animou as hostes maçanenses, após uns demorados minutos a encher chouriços sobre a história de territorios circundantes.
Obviamente que não vou contar em pormenor o que se passou senão estragava o negócio à TVM, que garantiu direitos exclusivos de repetição ad nauseum do progama, e recomendo a todos que não conseguiram ver que reclamem forte e feio num livro de reclamações perto de si. Também reclamo porque se esqueceu de referir o acto historico que foi a realizaçao do primeiro referendo quando ainda nem existia lei que o fundamentasse. Outra lacuna foi o esquecimento do belo patrimonio podre que sao o cemiterio e o armazem (apesar de, este ultimo, ja vislumbrar luz ao fundo do tunel, mas é uma lanterna municipal sem contornos bem definidos).
Lamenta-se o regresso a um sentimento paternalista tipico do tempo em que aquele senhor era ministro da educação e mandava tratar da alma e da pele de muita gente e a sua oração de fé profunda no ensino primário valeu apenas pela chamada de atenção de um rasgo de criatividade dos alunos, que noutro tempo seria impensável, confirmando-se como a tirada mais irónica do autor, ou se quiserem um hino à liberdade enaltecida por quem a coarctou.
Mas para gáudio de quem não acredita em tudo o que ouve e muito menos se conhecer um pouco do mundo em que (sobre)vive assitimos ao momento digno de um programa de humor ou de um programa de ficção quando perante um garrafão de 50 litros, que alegadamente serviria para albergar a bela da aguadente, ouvimos a seguinte saraivada "Este garrafão já não tem utilidade porque em Alvaiázere já ninguem bebe aguardente porque todos sabemos que faz mal". Brilhante. Pena que não assistiu ao evento historico realizado pela brigada de transito no fim da PAPITA em que tantos ficaram a arder porque não gostam de água como combustivel da condução.
Fica para cenas de um proximo programa.
Au revoir.