sexta-feira, dezembro 23, 2005

Confissões de Natal

Começo aqui por fazer uma declaração de repúdio á comunidade científica. Porque raio é que ainda não inventaram uns ténis com ar condicionado? Os meus pés fazem da temperatura do frigorífico uma sauna e é injusto que ninguém trate disso, sei que não sou o único a sofrer do mesmo problema, afinal de contas está frio. Espanta-me saber como pode existir alguém que critique o aquecimento global… Agora, se me derem a escolher entre umas sapatilhas com aquecimento e o final precoce dos Morangos com Açúcar sem pestanejar e motivado por um impulso imediato de salvação nacional eu escolheria o fim da novela. A TVI é a primeira a incentivar o insucesso escolar na medida em que mostra uma escola, tipo a de Alvaiázere mas com qualidade, atulhada de gajas com aspecto de recém licenciadas a estudar, ora quando toda a gente sabe que ninguém chega ao superior é suposto ainda dar mais essa ideia? O povo delira com a ficção, era bom que todos tivéssemos uma bicicleta de trezentos contos para andar a descer serras, era bom que as coisas tivessem um final feliz mas paciência amigos e como diz o outro “a vida é lixada” habituem-se às novelas e depois chorem quando virem um camião desengalgado rua abaixo contra vós pensando que o Zé Boinas vos vai salvar a correr. Salve-se quem puder que o Trindade já cá vai, e foi mesmo!!!

Pois é, temos outra vez o maior pinheiro de Natal da Europa, num país de incendiários espanta-me como não ardeu. Sinto-me mesmo feliz por termos tal monstro aqui, deve ser para lembrar as pessoas que está na altura de rebentarem o saldo dos cartões de crédito e se há coisa de que os portugueses se orgulham é de uma carteira cheia deles.

Vão lá dar o beijinho no menino Jesus mas passem numa loja e comprem umas toalhitas da Cif, não é que o menino não se lave mas para retirar a baba do cavalheiro que anteriormente se babou a beijar apenas porque viu um pouco mais da anca da menina que se baixou para rezar. Ele há coisas que acontecem e baba só de camelo e feita em casa.

Cumps

Pois, é verdade! É nesta altura que se diz Bom Natal, aqui fica o meu.