Questões sem resposta?
Caros compatriotas:no próximo Sábado inicia-se oficialmente a campanha para as eleições autárquicas 2005, que irão culminar no dia 9 de Outubro.Pelas nove da noite desse Domingo já se saberá quem será o novo presidente da Câmara e quem será o novo presidente da Junta de Freguesia.É com eles que teremos de lidar, é a eles que iremos exigir tudo aquilo a que Maçãs tem direito. Enquanto não temos oportunidade de declarar a independência de Maçãs (está difícil de arranjar agenda, e com isto dos referendos e das eleições, não está fácil) teremos de nos submeter a uma Câmara - por erro histórico instalada na terra do Al. É a esses executivos - à Câmara e à Junta - que apresentaremos as novas propostas, as nossas reclamações, as nossas exigências. Maçãs não se pode limitar a pedir, a pedinchar, a esmolar... Maçãs reclama, exige, ordena!Não mais continuaremos a ser expoliados nos orçamentos da Câmara, enquanto a suposta sede do concelho se engalana com obras de fachada e amálgamas de cimento às moscas. Maçãs exige um tratamento proporcional à sua importância. Não se compreende que a freguesia que mais riqueza cria no concelho, e onde reside mais gente - continue a ser tratada como apenas mais uma freguesia, ou qualquer freguesia. Por isso, há uma lista de perguntas que o MSM tem de lançar para a discussão, e que muito nos agradaria ver respondidas por quem de direito : exactamente aqueles que virão a Maçãs pedir o nosso voto...
1º - o que pensam fazer pela reestruturação do Plano Director Municipal (PDM) na freguesia de Maçãs? Iremos continuar asfixiados por um PDM que considera todo e qualquer terreno da freguesia como florestal ou agrícola ? Irão libertar espaços para edificação e construção de acessos? Quando teremos finalmente um loteamento para que os jovens (e menos jovens) de Maçãs possam construir a sua residência sem terem de pagar balúrdios por m2?
2º Quais a políticas a adoptar para fixar população na freguesia? Quais os incentivos para os jovens que fixem residência em Maçãs? Vamos deixar fechar as escolas por falta de crianças? Vamos entregar a freguesia à terceira idade?
3º Quais nos apoios a conceder às associações do concelho? Durante quanto tempo o racho e a Acredem terão de levantar orgulhosamente o estandarte da freguesia e do concelho sem serem devidamente apoiadas? E qual o apoio a dar à Casa do Povo de Maçãs, que tanto faz pelos nossos idosos?
4º Qual a política florestal a adoptar? Vai ser feita alguma inspecção às bocas de incêndio? E os caminhos florestais, vão ser passados a pente fino, e se necessário, alargados? Vai ser criado algum projecto de inserção dos desempregados e beneficiários do rendimento mínimo na limpeza das matas? Vão ser notificados os proprietários das matas para as limparem? Quantos pontos de água vão ser criados? Quais os apoios a dar aos bombeiros? O posto dos bombeiros de Maçãs, vem ao não? Onde vai ser instalado?
5º Quais os apoios a conceder às empresas? Para quando um gabinete de apoio ao empresário a sério? Quais são as relações com o centro de emprego de Figueiró dos Vinhos? E a UNIVA? Ainda existe? Existe um real estudo sobre os jovens licenciados do concelho e o seu futuro profissional, ou a única saída profissional que existe no concelho é uma cunha na Câmara?
6º Quais os apoios a dar à festa do sr. dos Aflitos, que voltou a ser a maior do concelho e uma das melhores da região? Quais os apoios a dar à reabilitação das tradições históricas seculares?
7º Qual vai ser a posição da Câmara (e da freguesia) no dossier IC3? Vão tomar medidas para pressionar a resolução do problema?
8º Quando vão ser terminadas as obras da rede de esgotos na freguesia?
9º Que vai ser do Armazém das Cinco Vilas? É reabilitado, implodido, ou esperamos que chova bem este ano e ele caia sozinho?
10º Quando é que se pega de uma vez por todas na Quinta das Boavista, um espólio único no concelho, para lhe dar uma função turística? Porque não uma negociação com os proprietários, seguida, se necessário, de expropriação?
Estas são apenas algumas questões que, estou certo, muitos maçanenses gostariam de ver respondidas. Vamos esperar que a resposta que obtemos não seja um longo silêncio...