quinta-feira, agosto 12, 2010

Prioridades

É conhecida a história do outro, pertencente a uma família muito carenciada, que entra no café com o intuito de ver um jogo de futebol e ,fazendo o papel de valentão, anuncia solenemente que vai ver é a sporttv para casa. Carenciados sim mas o que falta em comida não falha em entretenimento. Nos dias que ocorrem observa-se vezes de mais este fenómeno, a tão badalada questão das prioridades. Não obstante o facto da quantidade de obras inacabadas ser apenas quantificável de absurda e a resposta ao atraso nas mesmas ser um fenómeno com inicio e fim no capital ou falta dele a verdade é que todos os dias somos surpreendidos com novidades muitas vezes não muito bem-vindas.

Repetem-se os avisos da praxe. Com o dinheiro do povo o cuidado deve ser redobrado, deve, ou deveria de ser bem planeada a melhor forma de o gastar. Desta feita retrato o caso da exploração eléctrica solar das coberturas de alguns edifícios públicos na terra d’Al. É óbvio que o retorno financeiro existe, a médio ou longo prazo, provavelmente decorre do aproveitamento de fundos comunitários que consomem parte do tesouro da CMA mas com tanta obra parada torna-se necessário ponderar se os recursos estão a ser dirigidos para os sítios certos. A resposta quanto a mim é obviamente não. E mais uma vez quem sofre na pele é o povo, para variar. Desconfio que se os mais altos quadros da vida social do município tivessem residência fixa na Relvas a estrada já estaria reparada, se tivessem de andar aos ziguezagues na estrada para a Várzea a mesma já teria levado outro tapete, se necessitassem de ir a banhos à ribeira a praia fluvial já estaria concluída à muito. A verdade é que os Maçanenses são trabalhadores, daqueles que trabalham mesmo, sujeitam-se à “sorte de viver aqui” pensando nela ironicamente e fazendo contas para não ter é de “fugir daqui”.

O cenário do Armazém das Cinco Vilas já tem história traçada. Venha mais do mesmo.

Uma coisa é certa, para as próximas autárquicas vão andar as maquinas a todo o vapor novamente. Triste cultura esta que é a nossa.


Cumps