quinta-feira, agosto 31, 2006

Ressaca da Festa.

Diario de um Aflitomaniaco.
Dia 1.
Chegar ao recinto do Lord of The Aflites e ficar maravilhado com toda a beleza transbordante dos arcos dos lugares da nossa nação e que tornam a rua principal a mais majestosa das avenidas do mundo.
Barraca da comissao a funcionar em pleno com bebida e comida a alegrar a malta. Uma novidade: este ano temos barraca do jogo do rato, fartaram-se da rata que nao tinha espirito para entrar nos buracos certos. Multidão nas ruas e grande circulaçao de massas na zona do baile realizando movimentações que pelos mais entendidos sao sinonimo do verbo dançar.
Uma barraca da comissao, junto ao palco, que faz lembar um poço sem fundo tal é o fluxo de liquido que jorra do seu interior.
Segunda novidade: barraca de shots com musica a condizer, pouca intensidade e de qualidade aceitavel.
Terceira novidade: barraca de Kebab, mais uma maravilha originaria da mente judaica e que nos consegue encher a barriga e deixar a boca a arder, mas nada que uma mini nao cure.
Barracas do costume: quermesse para quem gosta de rifas(infelizmente ainda encerrada), farturas para quem gosta do açucar e os inevitaveis cafes para quem gosta de levar os amigos, que reencontra nesta altura, a beber um copo e a partilhar os acontecimentos da vida.
Baile animado, grupo a puxar pela veia artistica dos melhores dançarinos embriagados e que animam quem se rende ao frio. Momento alto da noite: as meninas maçanenses que continuam a mostrar que o que é nacional é bom.
Dia 2
Sem alvoradas lá se consegue dormir decentemente para nos prepararmos para um enorme tarde desportiva.
Depois do almoço, que numa altura de festa tem de ser bem regado, ja temos cumprido o estagio para assistir do camarote ao atletismo e aos ciclistas que vão a fundo. Gaiteiros a rebentar com a pastelaria. Não ha coqui para os vencedores das provas, lacuna imperdoavel mas agora so dao valor ao belo Euro. Mais uma volta ao recinto e regressa-se à base para um jantar levezinho para não pesar o pé de dança.
Bailinho a animar, artista (muito bem acompanhada) a abrilhantar e temos recinto com casa cheia e a transbordar e como sempre tudo dura até que as barracas encerrem. Com tanto esforço e dedicação parece que ja nao ha amanha por isso nada melhor do que um sono valente para preparar a despedida ao Lord de 2006.
Dia3
Ja tenho uma lagrima no canto do olho so de pensar que tudo termina hoje. Felizmente é o dia mais religioso e podemos fazer uma despedida abençoada prestando tributo ao Lord que nos protege nas horas em que andamos mais aflitos. Para os crentes e para os descrentes a missa é um marco na fé pela santidade maçanense que atrai mais pessoas à igreja do que a um jogo de futebol. Procissao a rigor e brilhante como sempre, tambem graças às filarmonicas que dão uma banda sonora ao momento animando os ouvidos mais sensiveis. Se tambem leiloassem as filarmonicas com certeza que as ofertas seriam generosas. Fogaças e afins entusiasmam quem quer levar um excelente recordaçao da festa. Tantos piqueniques nas sombras da floresta nacional sao reveladores da nobreza da nossa romaria.
Pela tarde dentro temos o nosso rancho folclorico a mostrar as raizes da nossa cultura e proporcionando o conhecimento de culturas estrangeiras graças aos ranchos convidados. Serve de aquecimento para o baile.
E que baile! Tao concorrido como a procissao permite que a artista leve um banho de multidao. Grande animaçao e a festa dura ate que as pernas doam e se sucumba ao frio matinal ou ao calor provocado pelas bebidas refescantes.
O que importa é que se viveu tudo ate ao ultimo minuto com a certeza de que para o ano ha mais. Tudo esta bem quando acaba bem. Venha o Lord de 2007.