O Império dos que nada fazem
Diz o povo que salve-se quem puder que o Trindade já lá vai e com razão, neste caso a expressão pode ser adoptada como salve-se quem puder que o Eugénio Franco já lá vai. Dos latifundiários existentes há um que tem como actividade o cultivo de silvas, pinheiros bravos e toda a cultura do deixa-andar-que-o-fogo-há-de-queimar, é triste mas acontece. Longe vai o tempo em que o Eugénio Franco empregava uma fatia considerável da população Maçanense quis o destino também que esse “império” caísse no esquecimento e com ele oportunidades de emprego consideráveis, mas mudam-se os tempos mudam-se as vontades e quis o tempo que os Herdeiros motivados por um interesse biológico (creio) fomentassem o pousio das terras por tempo indeterminado. Hoje ninguém sabe o que é de quem e parece que ninguém se importa, é triste tanta terra ao desbarato, tanto mato por cortar e tão pouca vontade de o fazer. O MSM não instiga revoluções embora estas por vezes devessem ser fomentadas pelas autarquias, não sou comunista mas sou contra os que não fazem pois de certeza que alguém teria capacidade para gerir tanto terreno o problema é que os mesmos não estão à venda e eu não tenho dinheiro para os comprar…
Há um leitor que devido ás contingências da vida encontra uma maneira de estar informado sobre Maçãs através blog do MSM e colocou uma pergunta interessante sendo esta a seguinte: Sabem se a câmara municipal e/ou a junta de freguesia têm algum projecto para o desenvolvimento de Maçãs? A resposta com muita pena nossa é não dado que vivemos num concelho onde interessam mais as festas e arraiais do que o desenvolvimento que é o que é necessário. Com muita pena estamos a passar uma fase em que pensamos todos que isto é o Algarve, enganem-se os mais distraídos porque praia aqui só no papel. O turismo deve ser uma aposta mas não deve ser a aposta, que teria dito o Sr. Governador Civil aquando da sua visita ao concelho aos autarcas? Se fosse a ele perguntava para que raio queremos o IC3 se por aqui não se passa nada? Será para o autocarro da Quercus vir passear e mostrar o país rural onde vivemos? Com certeza que não. Se não tratarmos de arranjar motivos lógicos para tal esqueçam a estrada e dediquem-se à pesca da pardelha uma vez que nem peixe à na ribeira. Porque temos tempo para convívios quando formos para o cemitério peço ao Dr. Paulo Morgado para arranjar emprego para o Sr. Manel, para a Sra. Laurinda, para, para, para… As casas da cultura, as bibliotecas, os parques multiusos e parques de campismo são todos muito bonitos mas para que nos servem se não temos dinheiro para comprar gasolina e deslocarmo-nos a tais maravilhas arquitectónicas?
De nada nos vale a terra se não tivermos ninguém para lhe pegar e nem só de casas lindas vive um concelho mas do emprego e das receitas que dai resultam.
Cumps