Incêndios.. again
O livro de visitas da Câmara Municipal chíchara tem um livro de visitas. Neste espaço onde se propõe proporcionar o reencontro da diáspora chíchara (não basta existirem tantos atrás da serra, ainda espalham o mal pelo mundo...) - o que aliás, se compreende (quem é que não emigrava?), aparecem sempre algumas mensagens que nos põem a pensar. De facto, damos por nós a reflectir sobre diversos assuntos, como sejam:
- Como é que alguém pode dar tantos erros ortográficos.
- Se é tão raro o site da CMA estar acessível, qual a probabilidade estatística de os infonautas o encontrarem em funcionamento?
- Porque é que há tanta gente à procura dos familiares? Já ouviram falar em telefones (agora até há umas coisas mais modernas, chamam-se TELEMÓVEIS)?
- Onde raio é que pára a placa "no curral do burro há leitão?"
- Porque é que a página inicial do site só tem fotografias de edifícios velhos que se situam no raio de dois quilómetros da sede da Câmara? A câmara fotográfica tinha coleira, era?
Mas enfim.
Encontrei um post de um conterrâneo (não é um chícharo, é de Maçãs), que versava (de forma bastante infeliz, e conteúdo ainda pior) sobre os malfadados incêndios.
Nada me move contra o senhor António Berlinda. Até me merece grande respeito, primeiro por ter raízes em Maçãs de D. Maria, depois por estar emigrado num país tão fantástico quanto frio como é a Suécia (ai, as suecas, as suecas), depois, porque, enfim, eu até sou um gajo porreiro e respeito a maior parte das pessoas, e, às vezes, até os chícharos (é raro, mas acontece).
Mas, permito-me discordar da opinião do senhor António, quando refere que tem "pena dos incendios em Alvaiazere e Macas, pois ha pessoas que nao tomao responsiblidade outras nao estao ai a viver assim como eu por isso espero de resolver o meu problema depressa. Que é vender o terreno no Vale do mendo Macas D Maria. Mas o estado Portugues tambem devia dar uma ajuda por exemplo por os pressos mais comportados ou desempregdos a alimpar as florerstas." (sic)
Ou seja, assim. Limito-me a transcrever o texto original, portanto os erros não são da minha responsabilidade. Mas percebe-se a ideia.
O que eu não posso concordar é com a ideia, expressa no texto, de que é o Estado quem tem o dever de limpar as florestas, pondo os presos - mas só os mais comportados... (julgo que o nosso amigo se refere a presos) ou desempregados a limpar as florestas.
Julgo que não deve ser o Estado a subsidiar o desleixo e a incúria dos particulares. Lembramo-nos sempre do Estado como se fosse o Espírito Santo - nunca ninguém o viu, mas toda a gente fala dele - esquecendo-nos que o Estado somos nós. Ou seja, íam ser os contribuintes a pagar a factura...
Sou a favor das medidas anunciadas, que obrigam os proprietários a limpar os terrenos em volta das casas, pelo menos. E, se não o fizerem voluntariamente, acho muito bem que as Câmaras façam o serviço, mas lhes apresentem a factura, acrescida de uma multa, para verem se aprendem.
O caro amigo António receberá um mail com este post, para que não digam que falamos nas costas das pessoas. E receberá também os cumprimentos do pessoal do MSM (e quando puder, na volta do correio, mande-nos umas suecas!)