quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Especulação imobiliária em Maçãs de D. Maria

A Internet tem coisas engraçadas. Para além de nos permitir espalhar o nome da nossa bela pátria pelos sete cantos da terra, mesmo pelos sítios mais recônditos, remotos e inacessíveis (por exemplo, Burundi, Ilhas Virgens Britânicas, Estados Federados da Micronésia, Alvaiázere), oferece-nos alguns momentos de boa disposição.
Este site espanhol, por exemplo, permite-nos aceder às imobiliárias (inmobiliárias para os coños) existentes em Maçãs de D. Maria.
É verdade que os espanhóis têm olho para o negócio, e que a sua economia está lão longe da nossa como o IC3 da inauguração, mas isto também é demais. Imobiliárias em Maçãs? Ora aí está uma coisa muito à frente (no tempo!)
A verdade é que, infelizmente, a maior parte dos terrenos de Maçãs continuam entregues a meia-dúzia de novos-ricos, ou velhos-tesos, que fixam preços como se estivessem a vender T3 no Choupal ou na Solum. Para além disso, o PDM (plano director municipal) da terra do Al mais parece um "Para Destruir Maçãs", em que todo o terreno é reserva agrícola. Apetece dizer: reserva agrícola my ass!
Fartos de reservas agrícolas estamos nós. Nós queremos é terreno para construir as nossas casas, mais os nossos campos de golf, courts de ténis e campos para o jogo do chinquilho.
Por isso, quando o MSM declarar a independência de Maçãs (está para breve, estamos só a candidatar-nos a fundos comunitários - sim, que isto de fazer uma revolução e fundar um país fica caro!) vamos expropriar todos os terrenos cujos donos não os vendam por um preço razoável.
Preparem-se, porque a revolução vem aí, e os bulldozers também!
(E não me estou a referir ao dumper da Junta, esse nem o pelourinho punha abaixo...)
E quem se lamentar, que proceda à remoção das partículas de humor líquido e límpido segregado pelas glândulas lacrimais.