quarta-feira, janeiro 04, 2006

A recessão da estagnação em pleno 2006 e a sua relação com a passagem de ano

Rapaziada barbada, por barbar ou juventude cuja testosterona ainda não induziu o crescimento da barba em si. Disseram-me que já estamos em 2006, o Ano Novo começou tal como começou o ano passado, sem que desse por ela. Depois dos resquícios Natalícios damos por nós a comemorar a vinda de um Ano Novo e o fim do que passou. A minha passagem de ano foi igual a todas as outras e talvez por estar menos alcoolizado e mais racional, sim ambas as coisas são compatíveis, dei por mim a reflectir o porquê de tanta festa. O que move as pessoas para irem comemorar a entrada de um ano que à partida já sabemos que vai ser pior que o anterior? Mais valia juntarmo-nos todos a fazer uma vigília ao ano que passa e pedindo a todos os deuses, com algum há-de resultar, o favor de fazer baixar a inflação e o aumento real dos ordenados. Isto sim era entrar bem no ano com termos que toda a gente conhece, à uns anos atrás quantos de nós conheciam palavras como recessão, retoma, inflação e tantos outros que serve ao fim ao cabo para dizer que cada vez somos mais pobres enquanto os nossos vizinhos gozam de um crescimento (lá está) fantástico. Não defendo que não devemos festejar mas devemos encarar a situação de hoje e reflectir que afinal não há razão para festejar e em modo análogo podemos concluir que ninguém vai para um funeral de garrafa de champanhe em riste.
Para o MSM o final do ano não passa de mais uma razão para beber uns copos como o foi o dia de Carnaval e os dias em que o foi sem motivo aparente ou com motivo a investigar. Quanto a desejos de Ano Novo apenas que o Armazém se mande para o chão de vez numa noite em que nem os ratos rodeiem o edifício e o da ocupação da casa à entrada de Maçãs e da Quinta por emigrantes ilegais, assim de certeza que apareciam as soluções tão esperadas.
Resta apenas acrescentar que no curral do burro havia leitão e que no nosso quiosque apenas há A Bola e um Público que nunca ninguém chega a ver talvez motivado por se continuar a comprar fora das fronteiras ou pela procura ser motivada pela oferta. Note-se também que temos mais uma loja no mercado desocupada, o MSM oferece uma lata de Coqui a quem se aguentar lá mais de um mês, num país onde é usual que haja dez advogados por metro quadrado em cada esquina estranha-me que não exista um que se fixe em Maçãs, mau sinal em pleno 2006.
Cumps