Mortos e seres vivos sempre no caminho...

Greetings.
Noticia o jornal "o mirante" online, na sua edição de 16 deste mês, que a Quercus se queixa contra o traçado do IC9. Segundo o jornal, a associação ambientalista Quercus "anunciou hoje que apresentou uma queixa na Comissão Europeia contra o traçado do Itinerário Complementar (IC) 9 entre Tomar e Ourém, estrada que passa por uma zona protegida. A via está prevista para uma zona, que não conta com um "traçado alternativo", destruindo "habitats importantes para conservação reconhecidos pela União Europeia", acusa a Associação Nacional de Conservação da Natureza Quercus em comunicado.A obra foi já adjudicada por 30 milhões de euros pela Estradas de Portugal e "atravessa o Sítio de Interesse para Conservação de Sicó-Alvaiázere, da Rede Natura 2000, não tendo sido submetido a estudo de alternativas de localização, nem a avaliação de impacte ambiental", consideram os ambientalistas".
Podemo ver a notícia em http://www.omirante.pt/index.asp?idEdicao=51&id=6335&idSeccao=479&Action=noticia. ou no jornal Público, em http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1239037&idCanal=10.

Aqui no MSM prezamos muito a natureza. Nem poderia ser de outra forma. Tendo nascido numa terra tão bela e verdejante como a nossa, sentimos que é dever de todos proteger a natureza, pois ela é o nosso maior património. Mas também sabemos que a protecção da riqueza natural e histórica não nos pode levar ao empobrecimento total. Não podemos ser uns indianos que morrem de fome, contemplando as vacas sagradas...
Não é a primeira vez que estudos de associações defensoras de interesses diversos se tornam obstáculo à edificação ou construção no concelho de Alvaiázere. Temos bem presente o caso do cemitério velho...
Tal como nessa altura, levantaram-se as vozes de alguns estudiosos da poeira que logo acusaram os cidadãos locais de hereges e "violadores" do património histórico. Agora, temos que enfrentar o protesto dos defensores da natureza.
Não discutimos a razão que eventualmente assista à Quercus. Até queremos saber mais sobre este processo, e acompanhá-lo de perto. Só não queremos é que, como é habitual neste país, meia dúzia de emproados do terreiro do paço vedem o nosso direito a ter futuro, apenas porque não sabem onde fica a nossa terra.

É que, se tivessemos um IC 3, ou um IC 9, ou nos tivessem deixado levar avante o projecto para o cemitério velho, talvez soubessem hoje onde fica MAÇÃS DE D. MARIA...
Mas não... há sempre quem queira que as coisas fiquem na mesma, porque têm medo de mudar.
Vamos esperar que os mortos nos deixem em paz, e os vivos nos deixem viver...